sábado, 13 de dezembro de 2014

A importância da educação baseada em competências


Um modelo de aprendizagem baseada em competências acarreta alguns riscos que as instituições de ensino, e mais concretamente os decisores políticos não querem assumir. Os riscos mais notórios neste tipo de aprendizagem passam pelo estabelecimento de currículos ajustados e pelos processos de avaliação.
Na primeira situação é importante referir que seria importante um modelo de ensino baseado numa filosofia construtivista que pressupõe uma avaliação contínua, diferenciada, formativa e multidimensional.
Trabalhar e desenvolver competências para a vida exige uma aprendizagem que se revele significativa e funcional, integrando de forma eficaz os diferentes saberes.
Para promover o desenvolvimento de competências e uma avaliação ajustada à pedagogia por competências, torna-se necessário diversificar e diferenciar os contextos, as metodologias, a organização do espaço, do tempo, dos materiais, de forma a ser possível elaborar projetos curriculares integrados de forma articulada e coerente.
Ao longo de vários anos, o ensino baseado nas competências esteve muito associado às tarefas profissionais, sendo como característica base do desempenho eficaz e ajustado numa determinada atividade profissional.
Ao contrário dos EUA onde o conceito anteriormente mencionado assumiu algum peso educativo, na Europa optou-se por outra interpretação sendo a competência definida como “a capacidade integrada orientada para o desempenho de uma pessoa ou de uma organização tendo em vista a consecução de realizações específicas” (Mulder, 2001). Esta abordagem mais holística da competência remete-nos para a aprendizagem numa perspetiva social construtivista.
Segundo Mulder (2004) definiram-se dez princípios base para a aprendizagem baseada nas competências:
  1. Verificar em que os empregos e funções os estudantes acabam depois de concluir os seus estudos e determinar quais os problemas profissionais essenciais da importância crucial nesses empregos e funções.
  2. Identificar problemas profissionais essenciais que conduzem ao desenvolvimento curricular.
  3. A recompensa dos desenvolvimentos de competências deriva ser  efetuada através de uma avaliação por diferentes avaliadores.
  4. Antes do percurso de aprendizagem, há qua avaliar competências já desenvolvidas.
  5. Estipula que aprendizagem tem de se situar em contextos reconhecíveis e válidos.
  6. Este princípio afirma que é necessário ligar a teoria á prática.
  7. Este afirma que o conhecimento, as aptidões e as atitudes devem ser integrados em percursos de atividades.
  8. Possibilitar aos estudantes uma responsabilização crescente pelos seus próprios processos de aprendizagem e pela condução destes.
  9. O Professor tem de ser estimulados de modo a cumprirem o seu papel de treinadores.
  10. Num currículo há que formar uma base de desenvolvimento de competências para a carreira futura, prestando-se uma atenção específica à aprendizagem de como adquirir competências.






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